O marketing digital é uma realidade. Nos deparamos com ele todos os dias e, principalmente com o isolamento social e essa pandemia, ele tem surgido como solução dos problemas de muita gente. Acontece que, como quase tudo que se populariza online, começam a surgir os mitos. E esses mitos consistem em uma coisa muito simples: gente falando o que você QUER ouvir com o intuito de VENDER algo que você não precisa.
É o fenômeno dos cursos digitais. Antes que você pense errado, não sou contra esses cursos. Aliás, sou um grande entusiasta, acho sim que eles são o futuro. Mas, como tudo na vida, há de se separar o joio do trigo. Por isso, DUVIDE de promessas surreais, milagrosas, ou que pareçam fáceis demais. Tem gente que promete milhões de reais, de seguidores, e de tudo o que você quer ouvir como se fosse fácil.
Bizarrices difundidas
Acontece que o tamanho da expectativa é o tamanho da decepção, e essa falsa impressão passada por essas propagandas fazem as pessoas acharem algumas coisas bizarras tais como:
- Tudo no marketing digital é aplicável em todos os casos
- Resultado é imediato
- Resultado é dinheiro
- Digital é grátis
- Digital não dá trabalho
- Digital funciona sozinho
- Digital não dá trabalho
Os principais erros dos principiantes
Depois de acreditar em tudo o que vê, fazer uns cursos que não sabem direito como aplicar, as pessoas, claro, se desapontam. Então, antes de qualquer coisa, entenda que o marketing, digital ou não, só existe para levar o seu negócio para algum lugar. Por isso, a primeira coisa a se fazer é saber onde você está e para onde você quer ir.
Agora, vamos ao que interessa: os sete pecados capitais do marketing digital
- Achar que tudo funciona para todos
Você é único, suas mídias sociais também precisam ser. Não adianta achar que uma estratégia, uma ferramenta, um curso que funcionou para um concorrente vai, necessariamente, funcionar para você. É o mesmo que achar que a mesma prótese de silicone vai funcionar para todas as mulheres, ou que o mesmo creme vai melhorar qualquer tipo de pele.
Suas demandas, sua audiência, sua personalidade são suas. Não mire nos exemplos dos outros, use você mesmo como exemplo e como metas. Óbvio, que ter referências é importante, mas não torne as referências como objetivos.
- Não se expor
Se você não quer se expor, não tem tempo para as redes sociais, já te digo: as redes sociais não são para você. Por isso, busque outra estratégia, talvez o Google, o site, enfim. Está no nome: redes SOCIAIS são SOCIAIS. As pessoas querem ver pessoas.
“Ah mas tenho medo de me expor demais a minha vida pessoal”. Entendo, mas vamos por partes: ninguém é profissional 24 horas por dia. E sua audiência quer conhecer a pessoa por trás do profissional. É evidente que isso vai acarretar em um cuidado maior antes de postagens, mas a vida são escolhas. Se você decidiu usar as redes para se divulgar, esse é um preço a se pagar.
“Ah, mas e se eu postar algo polêmico”. Postar só amenidades, fugindo de temas polêmicos é o primeiro passo para o fracasso. As pessoas não querem se identificar apenas com o que você posta, mas com o que você é.
- Esquecer que, nas redes sociais, tudo são flores
Nas redes sociais a gente vê o que as pessoas QUEREM que a gente veja. Não é NECESSARIAMENTE A REALIDADE. Ninguém é tão feliz o tempo todo, ninguém tem a vida de novela que posta no Instagram. Lembre-se: o dia tem 24 horas para todo mundo, será que dá mesmo para o cara postar tanta coisa e ainda atender/operar o tanto de gente que ele opera em um dia?
- Achar que o digital é gratuito
Esse mito, na verdade, foi criado por conta da comparação com as mídias tradicionais. De fato, as mídias offline são muito mais caras, podem até alcançar muito mais gente, e no meio desse tanto de gente, quem sabe, alguém que te interessa. No digital, você consegue ser mais assertivo, o custo por aquisição talvez seja menor… MENOR!
Sem gastos, sem ganhos. O digital NÃO É GRÁTIS. Se você não paga pelo produto, então você é o produto. Essa frase do Dilema das Redes não poderia ser mais real. As redes sociais não são grátis, nem o Google é. Elas são pagas pelos anunciantes, que estão comprando A SUA ATENÇÃO. Quem ganha dinheiro com orgânico é a Bela Gil. Sem anúncios, meus caros, não se chega longe.
- Vaidade
A vaidade é a grande inimiga da estratégia. Em marketing digital há algo que chamamos de métricas de vaidade… São métricas que podem satisfazer o seu ego, mas, afastadas de um planejamento correto, não fazem mais que isso. A verdade é que nem sempre SEGUIDORES E CURTIDAS SÃO SINÔNIMOS DE SUCESSO. Diga-se, muitas vezes essas métricas são proporcionalmente opostas às conversões, por exemplo. Você pode reparar, inclusive, que muitos dos perfis que anunciam produtos para vender no Instagram, sequer têm um perfil na rede… Então, não seja vaidoso. Saiba o que você quer e como medir isso.
- Pressa
Tem gente que acha que o resultado do digital é imediato: comprei um curso, investi em agência, leads… Amanhã vou ter milhões de seguidores! Pense, você segue alguém de cara assim?
O jogo da atenção é de longo prazo e a confiança se constrói com o tempo. Não espere resultados imediatos, sejam eles quais forem. Tenha constância e não desista.
- Pensar em retorno monetário
O que é retorno? É conversão? É dinheiro? Nem sempre. Quanto custa, por exemplo, a sua imagem?
O fato é que o conceito de Retorno é comumente usado, normalmente mal interpretado e desapropriado de forma injusta. Isso porque as pessoas, pragmáticas, querem o retorno monetário e isso é incrivelmente inapropriado, para não repetir a palavra injusto. A grande verdade é que, na maioria das vezes, o digital não se equipara ao valor monetário, ele é muito maior que isso. Aliás, já falamos disso aqui.
Então, antes de se emaranhar no digital, cuidado para não cair nesses erros. Para mais dicas, siga nosso instagram.